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Maceió Alagoas Um Paraíso De Sonhos

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Maceió Alagoas

Com 40 km de orla, a capital de Alagoas é muito mais do que praias azulzinhas e verde-esmeralda tingidas por coqueirais e areias de açúcar. Pulsante, alegre e cheia de vida oferece excelente infraestrutura de lazer e hospedagem, além de bons endereços para conhecer a gastronomia e o belíssimo artesanato locais. É, sobretudo, um recanto para viver dias mágicos.

Viajar é sempre bom. Ainda que se volte mil vezes à mesma cidade, haverá sempre algo de novo para a gente desvendar. Em cada retorno, a experiência é única e, para quem é amante de explorar e de conhecer outros destinos, é sempre uma boa oportunidade de aprender sobre a história, os costumes e as tradições culturais de outros povos. Com Maceió, a graciosa capital de Alagoas, um dos lugares mais bonitos do Nordeste tupiniquim, não é diferente.

Considerado o Caribe brasileiro, o Estado ostenta praias de água ora azulzinhas, ora verde-esmeralda. Ora, ambas. Todas são permeadas por coqueiros a perder de vista e areias da cor de açúcar. O litoral alagoano guarda ainda incontáveis arrecifes, onde se formam piscinas naturais repletas de corais. A mais famosa é Maragogi, mas cada uma delas é habitada por multicoloridos peixinhos e possui seus próprios encantos.

Maceió Alagoas
Foto por acervo SECOM

Cheio de bossa, gastronomia de dar água na boca em qualquer mortal e gente amável e hospitaleira, Alagoas foi batizada com este nome pelos índios que ali moravam devido a grande quantidade de lagoas que abriga – ao todo, são 17. Mangaba e Mundaú são duas delas. Ficam em Maceió, a poucos quilômetros das praias centrais de capital, no sentido do Litoral Sul.

Em Mundaú, por exemplo, é possível embarcar em um mágico passeio de barco que ziguezagueia por nove ilhas. O trajeto é brindado por cenários paradisíacos, uma daquelas lembranças que a gente guarda para sempre no calendário da memória. Inesquecível também é sentar em uns dos barzinhos à beira da lagoa e testemunhar o sol tingir as suas doces águas de infinitos tons de dourado, se despedindo de mais um dia.

Arte em linhas

Como charme a mais, o Pontal da Barra, lar da Lagoa Mundaú e o local de onde partem os memoráveis passeios de barcos, é uma expressiva mostra do genuíno artesanato produzido no Estado. São bordados, patchworks e rendas, entre elas o filé, o bilro, o rendedê, o labirinto, a renascença… Eles surgem em blusas, saídas de praia, biquínis, vestidos, toalhas e caminhos de mesa, só para citar alguns exemplos.

Distante 6 km do centro, o Pontal da Barra é um dos bairros mais antigos de Maceió. Ali viviam e ainda vivem pescadores. Eram suas mulheres que remendavam as redes avariadas nas pescarias. Assim, segundo contam por lá, surgia o filé, uma elaborada arte em linhas, nascida em Alagoas e transmitida de mãe para a filha há séculos. Hoje, peças produzidas com essa renda estão expostas e podem ser adquiridas nas dezenas de lojas que se espalham pelas ruas locais.

Marechal Deodoro, Alagoas, Brasil
Foto por Istock/ PurpleImages

Ainda no sentido Litoral Sul, quem tiver a chance, deve conhecer a histórica Marechal Deodoro, tombada pelo Iphan. Distante pouco mais de 30 km de Maceió, é o berço onde nasceu o primeiro do presidente do Brasil – Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República no dia 15 de novembro de 1889 e governou o País até 1821. Fundada em 1552, a primeira capital de Alagoas também concentra centenas de artesãos e simpáticas rendeiras.

De volta à capital, outro endereço para comprar mimos e gastar dinheiro sem ou com remorso é o Mercado de Artesanato, no centro da cidade. Repleto de coloridas lojinhas, comercializa desde roupas de cama e de banho, cerâmicas, bolsas, cintos e sapatos até castanha de caju, doces, cachaças e poderosas pimentas. Sem falar das esculturas de palito de fósforo do artista Arlindo Monteiro.

Mar adentro

Maceió, no entanto, é muito mais do que seu belíssimo artesanato. Sua cosmopolita orla abriga as praias mais centrais de Cruz das Amas, Jatiúca, Ponta Verde, Pajuçara e da Avenida. Todas elas são palco por onde desfilam a moçada bonita e bronzeada, mas, sobretudo, por onde se revezam invejáveis paisagens – saiba que Deus realmente caprichou na criação das imagens que imprimiu à costa alagoana.

Além de sua ostensiva beleza e da feirinha de artesanato que sedia, a Praia de Pajuçara, por exemplo, conta com uma atração à parte. De suas areias branquinhas partem jangadas rumo a uma piscina natural, situada 2 km mar adentro. Tanto esta como as demais visitas às piscinas naturais de Alagoas dependem da maré, que necessariamente deve estar baixa. Caso contrário, é impossível vivenciar a aventura.

Maceió Alagoas
Foto: Wesley Menegari via Setur Alagoas

De modo geral, os passeios saem no período da manhã e o número de embarcações e visitantes com acesso a esses paraísos esculpidos pela natureza é limitado. A ideia é proteger e preservar a vida marinha. Na Praia de Pajuçara, o serviço contratado pode ser feito diretamente com os jangadeiros credenciados, que por ali são facilmente encontrados e identificáveis. Já para conhecer outras piscinas naturais do Estado pode-se recorrer às agências de viagens.

Existem muitas empresas turísticas em Maceió. Elas disponibilizam não apenas esses, mas uma grande variedade de tours, quer pela terra, pelo mar, pelos rios e pelas lagoas, quer pelo sertão. Também é possível alugar um carro e ir por conta própria. Alagoas é o terceiro menor Estado em extensão territorial do Brasil, só perde para o Distrito Federal e Sergipe. Como é pequenino, não é nada difícil conhecer muitos dos recantos e encantos do Caribe brasileiro, incluindo os de sua capital.

Joias centenárias

Para quem curte o convívio com a natureza, Maceió oferece o Parque Municipal, uma extensa área verde de intocada Mata Atlântica. Ar puro, exuberantes trilhas e exóticos exemplares da fauna e flora são cortesias da casa. No local funcionam o Museu da Flora e Fauna, o jardim sensorial e a fonte de leitura. Nos fins de semana, disponibiliza diferentes atividades esportivas e culturais. A entrada é gratuita.

Já se o assunto é história, vale a pena dar uma esticadinha até o Jaraguá, onde a cidade começou a se desenvolver a partir de 1815, quando foi fundada. Pelas ruas do centenário bairro onde viviam as elites abastadas de Alagoas se escondem verdadeiros tesouros. São antigos casarões, armazéns e escritórios das usinas de cana-de-açúcar (ainda agora, um dos carros-chefes da economia do Estado, ao lado do sal-gema).

Maceió Alagoas
Foto por IStock/ jsdeoliv

Na Praça Dois Leões, além de duas esculturas do rei das selvas, ficam um obelisco erguido em homenagem à Independência do Brasil e a Igreja Nossa Senhora do Povo, que começou a construída em 1820 é a mais antiga da capital. Em uma travessa da Rua Sá e Albuquerque, a placa da Rua Rocha Cavalcante, anuncia uma curiosidade: o Memorial da Rapariga Desconhecida, um estreito beco e um eterno lembrete de como Maceió é democrática.

Há alguns anos, o centro histórico da capital alagoana vem sendo revitalizado pela prefeitura local e pela iniciativa privada e hoje exibe um precioso conjunto arquitetônico, badalados bares e points de encontro, além de centros culturais e museus com extensa programação cultural. Ali também fica o imponente Porto de Maceió, onde atracam e partem embarcações de diferentes cores e tamanhos, incluindo os cruzeiros turísticos.

Sabores da terra

Não faltam lugares onde se pode provar a autêntica gastronomia local em Maceió. Alegre e diversificada, é integrada por temperos e iguarias que surgem em receitas que mesclam ingredientes do sertão com peixes, lagostas e frutos do mar extraídos em lagoas, no oceano e em rios, incluindo o Rio São Francisco que também banha o Estado e cujo passeio de barco até a foz, na divisa de Alagoas e Sergipe, vale muito a pena fazer.

Herança dos índios, portugueses e africanos, os sabores da terra incluem mandioca, milho, carne-de-sol, charque, queijos e coco. Eles são usados no preparo de tapiocas, pirões e feijoadas. Contudo, o mais alagoano dos pratos é o sururu, um molusco que vive em lagoas. Sua forma de preparo mais tradicional é o “Sururu de Capote”. Após ser lavado, o molusco é cozido com leite de coco e temperos. É servido na casca. Vem acompanhado de pirão.

Famoso também é o “Caldinho de Sururu”, que os nativos juram ser afrodisíaco. Além das receitas à base do molusco e do tradicional “Baião de Dois”, outras delícias ganham destaque nos cardápios alagoanos. Caso da “Caldeirada” e do “Arrumadinho”. A primeira leva camarão, siri, sururu, lagosta, polvo, patinha de uçá, ostra e macunim. É acompanhada de “Mingaupitinga”, massa de mandioca no leite de coco. Já a segunda é feita com fava ou feijão verde, charque, carne-de-sol desfiada e farinha de mandioca.

Essas são algumas das cores, aromas e sabores de Maceió, cidade que oferece opções para todos os paladares e bolsos, desde self-services e restaurantes com comida regional brasileira da melhor qualidade até os de cozinha internacional, entre eles os italianos, os espanhóis, os árabes, os orientais… Conta ainda com muitas barraquinhas de praia e lanchonetes que oferecem inigualáveis petiscos, quitutes e sanduíches, além de sucos, doces e sorvetes feitos com frutas da região.

Coco, umbu, cajá, caju, cajarana, acerola, seriguela, manga, mangaba, pitomba, jaca, pinha (fruta do conde), pitanga e graviola também são usados em coquetéis, batidas, cachaças e caipirinhas. Aliás, para os amantes de bebidas mais fortes e de baladas, a efervescente capital alagoana reserva animadas choperias, cachaçarias e casas noturnas, muitas delas com mesinhas ao ar livre e música ao vivo.

Sol e estrelas

Acostumada com o incessante vaivém de turistas, a cidade que tem o sol como companhia praticamente o ano inteiro possui excelente infraestrutura de lazer (oferece muita coisa legal para a gente fazer de dia e à noite) e de hospedagem. Por suas ruas multiplicam-se hotéis de todas as estrelas e bandeiras, pousadas simples e de charme e luxuosos resorts.

A 15 minutos do centro de Maceió, por exemplo, fica o Pratagy Beach, o primeiro resort de Maceió a oferecer o sistema all-inclusive. Situado na Praia de Pratagy, no Litoral Norte, trecho da costa alagoana por onde se distribuem os mais fascinantes postais do Estado, o empreendimento ocupa uma gigantesca Área de Proteção Ambiental de Mata Atlântica inteiramente preservada.

Maceió Alagoas

Pelos seus 2,1 km espalham-se 242 chalés com varanda, trilhas ecológicas, piscinas adulto e infantil, playground, quadras de tênis e poliesportivas, fitness e salão de beleza, além de lojinhas e estacionamento. O resort conta ainda com o Restaurante Canavial, onde são servidas as refeições, com ampla variedade de pratos, frutas, sobremesas e bebidas alcoólicas ou não à vontade.

Completam ainda o complexo dois bares – o da praia e o da piscina. O primeiro fica aberto das 10 horas às 16 horas. O segundo funciona das 22 horas às 6 horas, oferecendo quitutes, petiscos, bebidas e música a noite inteirinha. Shows musicais e de humor e espetáculos teatrais noturnos gratuitos também fazem parte da agenda diária disponibilizada pelo hotel aos seus hóspedes.

Mar, piscina e rio

A programação de lazer é variadíssima e tem atividades para todas as idades. Elas começam logo e cedo e só terminam à noite. A garotada, por exemplo, é dividida por faixa etária e tem sempre a companhia da equipe Peixe Boi, um grupo de 22 bem-dispostos monitores. Assim, a recreação de crianças de quatro a seis anos é garantida no Clubinho, enquanto os de sete a 12 anos se divertem no Kids Club. Já o Teens Club é frequentado pelos de 12 a 15 anos.

Para maior tranquilidade das famílias, público-alvo do resort, são oferecidos horários diferenciados de almoço e de jantar para a meninada. Essas refeições são acompanhadas pelos monitores. Já a Copa Baby, entre outros alimentos, assegura leite em pó, papinhas e frutas, para as mamães alimentarem seus bebês. Como opcional a ser pago pelos interessados, o resort oferece serviço de baby sitter.

Maceió Alagoas
Foto Divulgação/ Villas do Pratagy

A grande vedete do empreendimento, sem dúvida alguma, é a Praia de Pratagy. Ela é quase deserta e frequentada basicamente por quem está acomodado no hotel – o acesso é permitido a todo mundo, mas não é nada comum pessoas e vendedores ambulantes aparecerem ali, pois o bar, as espreguiçadeiras, as cabanas para proteger do sol, as redes, o salva-vidas e as quadras esportivas somente são acessíveis aos hóspedes do complexo.

É de uma trilha de 800 m pela areia desta praia que é quase particular que se chega a pé ao ponto de partida de catamarãs e caiaques rumo a uma fascinante aventura aquática oferecida pelo resort: o mergulho nas águas clarinhas da piscina natural de Pratagy. Já o lindo Rio Meirim, que banha a propriedade, é o “palco” onde os mais audaciosos podem praticar o stand up paddle e o caiaquismo. Todos esses passeios e atividades são gratuitos.

Paisagem bucólica

Na realidade, o Pratagy Beach Resort divide o privilegiado espaço que ocupa com as demais propriedades da Família Amorim: a Pousada Casa Caiada, o Villas do Pratagy Condo Hotel (ficam no alto de uma colina, do outro lado da estrada), o Café de La Musique Maceió e o loteamento Aldeia do Mar. Juntos, eles compõem a Reserva Pratagy Resorts, como é o nome do complexo turístico alagoano.

Com ambientes aconchegantes e decoração intimista, a pousada de charme é ideal para quem quer viver dias de absoluto romance e também para quem aprecia o silêncio e o contato com a natureza. Além da bucólica paisagem onde está inserida, oferece 15 bangalôs com varanda e vista para o mar ou para os jardins. Os chalés de diferentes metragens podem ter ofurô externo ou hidromassagem interna e ao ar livre, dependendo da escolha de cada um.

Texto por: Fabíola Musarra

Foto destaque: arthurprofcam via Istock

Fonte: Qualviatem

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