Santa Teresa
Santa Teresa
Um dos cenários mais pitorescos do Rio de Janeiro, Santa Teresa fica no alto de uma colina recortada pelos trilhos do velho bondinho elétrico, que voltará a circular pelas ruas estreitas do bairro em 2015, segundo o Governo do Estado. Repleta de largos e espaços culturais que revelam paisagens das zonas Norte, Sul e Centro, ‘Santa’ é tomada por sobrados que abrigam ateliês, lojinhas de artesanato, bares e restaurantes. Um dos prédios mais importantes é o Convento de Santa Teresa, erguido no século 19 e que deu nome ao bairro. Quem optar por chegar até lá a pé, partindo da Lapa, terá a oportunidade de conhecer a mais famosa escadaria da cidade – a Selarón, com 215 degraus recobertos de mosaicos de cerâmica nas cores verde, amarelo e azul. A escada foi batizada com o nome do artista plástico chileno que assina a obra.
Santa Teresa é um bairro nobre da Zona Central da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Possui uma exclusiva localização, no alto de uma serra entre as zonas Sul e o Centro da cidade do Rio, que promove uma privilegiada vista para essas áreas. Assim como os bairros vizinhos Glória e Catete, é conhecido pelas construções históricas do século XIX, além de elegantes casarões construídos até os anos 40. Mas o principal diferencial do bairro é que foi o último da cidade a fazer uso de pequenos veículos leves sob trilhos, chamados de bondes que circulavam por suas ruas. Além da Glória e Catete, também faz limite com os bairros de Laranjeiras, Cosme Velho, Botafogo e Humaitá na Zona Sul; Alto da Boa Vista na Zona Norte e Centro, Lapa, Rio Comprido, Catumbi e Cidade Nova, na Zona Central.
Seu IDH, no ano 2000, era de 0,878, o 34º melhor da cidade do Rio de Janeiro.
O bairro de Santa Teresa surgiu a partir do convento de mesmo nome, no século XVIII. Foi inicialmente habitado pela classe alta da época, numa das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento, no Centro da cidade. Surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa da época, muitos dos quais estão em pé até hoje. O bairro de Santa Teresa recebeu ao longo de toda sua existência muitos imigrantes europeus.
Por volta de 1850, a região foi intensivamente ocupada pela população que fugia da epidemia de febre amarela na cidade. Por ficar num local mais elevado, a região era menos atingida pela epidemia do que os bairros que a circundavam.
Em 1872, surgiria o bonde que se tornou o símbolo do bairro, subindo as Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino. Inicialmente, o bonde era tracionado por muares, depois foi dotado de motores e rede elétrica. Conforme as fotos antigas as cores variaram, eram verde, prata e azul, mas passou a ser pintado de amarelo após reclamações de moradores que diziam que o bonde “sumia” em meio à vegetação do bairro [carece de fontes]. O bonde vai do bairro ao Centro da cidade em travessia sobre os Aqueduto da Carioca desde 1896, quando fez sua primeira viagem.
O bairro possui uma das mais antigas associações de moradores do Rio de Janeiro. A Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa foi proposta pela primeira vez em manifestação pública e através de abaixo-assinado, na Praça Odilo Costa Neto, na então famosa Festa Junina de Santa Teresa, em junho de 1978. Seu registro de fundação é de 10 de julho de 1980.
A partir de manifestações organizadas, os moradores conseguiram a preservação do sistema de bondes histórico, através do tombamento e de cobranças constantes do poder público pela liberação de verbas para os bondinhos. Porém, com o trágico acidente ocorrido com o bonde em 27 de agosto de 2011 que matou seis pessoas, o governo estadual, responsável pela operação do bonde, resolveu paralisar temporariamente a sua circulação, até que fossem feitas obras de modernização do sistema.
Fonte: Wikipedia
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