Vitória – ES

Vitória
Curva Da Jurema

Por Que Ir Para Vitória

O crescimento do turismo de negócios não tirou de Vitória o charme de suas praias ou de suas tradições históricas e gastronômicas. Pelo contrário – incentivou a melhoria da infra-estrutura de serviços, como novos hotéis e restaurantes, além de incrementar as opções de lazer.

A extensa praia de Camburi, por exemplo, ganhou calçadão com jardins, quiosques e ciclovia. O movimento é garantido, também, por conta de uma escola de vela e de um píer de onde partem passeios de escuna. Já o Hortomercado foi incrementado com um centro de empórios e bares. Ali perto fica a saída para a Ilha do Boi, com as praias mais sossegadas da capital.

O epicentro do agito continua sendo a badalada praia do Canto, repleta de bares e restaurantes na área conhecida como Triângulo das Bermudas. O burburinho também acontece de dia por conta do calçadão, da feira de artesanato aos domingos, dos quiosques da Curva da Jurema e das águas calmas procuradas pelos adeptos dos esportes náuticos.

Por falar em atividades na água, o trecho de litoral que vai de Vitória a Guarapari é um dos melhores do mundo para a pesca esportiva do marlim-branco e do marlim-azul. Entre os meses de outubro e de fevereiro, campeonatos internacionais reúnem atletas de diversos países e agitam a região.

No quesito cultura, todos os caminhos levam à Cidade Alta. Fundada em 1551, Vitória ainda preserva alguns patrimônios da época. O tour – melhor feito a pé – apresenta o Palácio Anchieta; a igreja de São Gonçalo, em estilo barroco; a Catedral Metropolitana, de 1920 e estilo neogótico; e a capela de Santa Luzia, a construção mais antiga da cidade. E ainda tem o Convento de São Francisco, as igrejas de Nossa Senhora do Carmo e do Rosário e o Teatro Carlos Gomes, inspirado no famoso Scala, de Milão.

Um dos passeios mais inusitados da região é o que leva ao Mosteiro Zen Morro da Vargem, na cidade vizinha de Ibiraçu. Aos domingos, o espaço abre as portas para o público em geral, gratuitamente. No alto de um morro, os visitantes encontram um reduto de meditação no meio da Mata Atlântica, onde moram os monges. São eles que guiam o passeio pelos cinco templos do local – vá de chinelos, uma vez que é preciso ficar descalço para entrar em alguns.

Tudo acaba em compras e boa mesa em Vitória. Reza a lenda capixaba que: panela de barro, para dar boa moqueca, precisa ter sido feita pelas chamadas Paneleiras de Goiabeiras. Produzidas pelas mulheres do bairro em um imenso galpão, as peças – além de panela, há vasos, caldeirões e cinzeiros – são feitas de maneira artesanal. A técnica é herança indígena e passada de geração para geração. O processo começa com a argila retirada do Vale do Mulembá, um mangue próximo. Depois de tratada e pisada, é modelada e fica dias secando à sombra. O passo seguinte é o acabamento com tintura de tanino.

De Goiabeiras, as panelas seguem para as casas dos turistas e para os restaurantes da cidade, que servem pratos tradicionais como a moqueca e a torta capixabas, ambas à base de fresquíssimos siris, peixes e camarões.
E para os fão do moto turismo, uma ótima notícia: o Espírito Santo largou na frente! O estado foi o primeiro do Brasil a ganhar um roteiro de moto turismo de padrão internacional. A Rota dos Vales Capixabas tem 1.200 quilômetros passando por Vitória, Vila Velha, Guarapari (Meaípe), Anchieta, Presidente Kennedy, Marataízes (Lagoa do Siri), Muqui, Mimoso do Sul (São Pedro do Itabapoana), Ibatiba, Ibitirama (Parque Nacional do Caparaó), Alegre (Anutiba), Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins (Pedra Azul) e Alfredo Chaves (Matilde).

São dez dias de viagem e cerca de oito mil curvas em meio praias, montanhas, lagoas e cachoeiras. E, em cada parada, as delícias da culinária regional. Há saídas regulares partindo de Vitória (o término é em Vila Velha), incluindo hospedagem, aluguel da moto, carro de apoio, combustível e guia. Também é possível fazer o roteiro com moto própria.

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