Por Que Ir Para Serra Da Capivara

Na Serra da Capivara, visitar o Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Mundial da Unesco, é uma verdadeira viagem às origens da civilização na América. Dono de uma paisagem única, com cânions, baixões e serras, e de uma enorme concentração de arte rupestre pré-histórica (com pinturas que têm entre 6 mil e 12 mil anos), ele é um dos mais bem-estruturados parques do país. Guias treinados, obrigatórios na visita, ajudam a compreender os significados dos desenhos. A base para visitar o Parque Nacional é a modesta São Raimundo Nonato, distante 41 km, com boa estrutura de serviços.

COMO CHEGAR

Saindo da capital Teresina, parta pela BR-316 até pouco depois de Monsenhor Gil. Saia à direita pela PI-224. Continue na via, que muda de nome para PI-236. Vá até o final e entre à direita na BR-230 e, logo em seguida, em Oeiras, saia à esquerda pela PI-143. Em Simplício Mendes, vire à direita na BR-020 e percorra a via até a Serra da Capivara.

O QUE FAZER

Dentro do Parque Nacional da Serra da Capivara, o passeio no Circuito Baixão da Pedra Furada é o que os guias mais fazem com turistas de primeira viagem. Outros ótimos circuitos são o Desfiladeiro da Capivara, o Baixão das Andorinhas e o da Serra Branca. Para os aventureiros, a trilha Interpretativa Hombu, a da Energia, e os Circuitos Esportivos da Chapada são uma boa opção.

Museu Do Homem Americano

A exposição do Museu do Homem Americano, na Serra da Capivara, é resultado de quatro décadas de pesquisas na região do parque e revela a evolução da cultura material do homem pré-histórico no continente.

Organizada de forma didática, a coleção com cerca de 90 peças exibe no mezanino os exemplares mais valiosos, como os seixos queimados em fogueira há 50 mil anos, a machadinha de pedra polida de 9 200 anos e fragmentos de cerâmica de 8 960 anos.

No centro, um cubo transparente chama a atenção, como se guardasse um valioso diamante: é a ponta de um projétil de quartzo hialino, um mineral translúcido lapidado há 8 mil anos.

Circuito Serra Branca

Acesso pela PI-140, 40 km

Até pouco tempo atrás, as estradas da Serra Branca só podiam ser percorridas por veículos 4×4. Hoje, carros de passeio já são capazes de explorar as mais recentes trilhas abertas ao público: são 60 sítios arqueológicos com figuras no estilo Serra Branca de pintura, caracterizadas por figuras estáticas e traços grossos. Nesse circuito, as trilhas a pé são curtas e leves, mas as estradas que levam até elas são um tanto longas e podem tornar o passeio cansativo. Reserve um dia inteiro.

Compras De Cerâmica Na Serra Da Capivara

Vila de Barreirinho (mun. de Cel. José Dias), 38 km
mun. de Cel. José Dias.

Canecas, copos, pratos e outros objetos exibem reproduções de pinturas rupestres. A famosa cerâmica da Serra da Capivara, que pode ter preços salgados no restante do país, custa, aqui, cerca de 20% menos até em relação a outras lojas da região (as peças também são vendidas no Centro de Visitantes do Parque Nacional, no Museu do Homem Americano e no Centro de São Raimundo Nonato – Av. Prof. João Menezes, 647). Na oficina, ao lado da loja, é possível acompanhar as etapas da produção.

Circuito Baixão Da Pedra Furada

30 km

É o mais visitado e onde foram encontrados vestígios de uma fogueira de 50 mil anos. O passeio dura o dia todo e inclui, entre outras atrações, a Pedra Furada, o Alto da Pedra e o Sítio do Meio – lá estavam a machadinha de pedra polida e os fragmentos de cerâmica expostos no museu. No Boqueirão da Pedra Furada, boas passarelas levam às pinturas rupestres gravadas num paredão com 100 m de altura, que ganha bonito efeito com a iluminação noturna, paga à parte (R$ 50 para até 10 pessoas, agendar no Centro de Visitantes até 17h).

Circuito Desfiladeiro Da Capivara

43 km

Por sua configuração natural, o desfiladeiro conserva melhor a umidade e as plantas sofrem menos os efeitos da seca. Uma trilha de 4 km com densa vegetação leva ao Boqueirão do Paraguaio, onde há grandes figuras humanas, estilizadas e decoradas com traçados geométricos. Outro trajeto íngreme (2h30 de caminhada) vai aos sítios do Circuito dos Veadinhos Azuis, com quatro pinturas que adquiriram tom azulado com o passar do tempo. Compreende também a Toca da Entrada do Pajaú, a Toca do Barro, a Toca do Inferno e a Toca do Pajaú.

Circuito Baixão Das Andorinhas

23 km

Diariamente, por volta de 17h30, andorinhas descem em velozes mergulhos para as fendas de um cânion de 90 m de profundidade. O fenômeno também pode ser observado na Variante do Baixão, cânion com acesso pela mesma guarita da Serra Vermelha. Além desse belo espetáculo natural, o circuito compreende o Baixão do Perna, com doze sítios arqueológicos – aqui existe uma área para piquenique. Em 4h, dá para ver tudo.

Fonte: Férias Brasil