Salvador – BA
Por Que Ir Para Salvador
A mistura de raças, culturas e credos, que recebeu doses generosas de alegria e sincretismo, conferiu a Salvador um astral único e arretado que atrai brasileiros e estrangeiros o ano inteiro. É no verão, entretanto, que a capital baiana ganha ainda mais brilho, com as festas populares que arrastam multidões atrás de imagens religiosas e, claro, dos trios elétricos. De dezembro até o Carnaval, são muitos os homenageados – do Senhor do Bonfim ao Rei Momo. Fiéis e foliões agradecem! Primeira capital do Brasil, Salvador reúne o presente e o passado em perfeita harmonia e, levando-se em conta a topografia da cidade – dividida em Alta e Baixa – fica fácil mapeá-la e vislumbrar os atrativos escancarados em cada esquina.
É na parte alta que fica o colorido Pelourinho, bairro histórico e tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Em suas ruas e vielas estão centenas de casarões dos séculos 17 e 18 que abrigam de museus a terreiros de candomblé, além de templos católicos que atraem estudiosos do mundo todo – é o caso da igreja de São Francisco, considerada a obra barroca mais rica do país.
Rio Vermelho reúne as baianas e os acarajés mais famosos da cidade
Para chegar à parte baixa de cidade é preciso entrar, literalmente, em um dos cartões-postais de Salvador: o Elevador Lacerda, que faz a ligação entre os dois pontos. Uma vez à beira-mar, explorar as praias é fundamental. Entre as urbanas, Porto da Barra é a mais democrática e movimentada.
Afastadas do Centro, Itapuã, Stella Maris e Flamengo têm águas limpas e trânsito intenso nos fins de semana. No meio do caminho, o bairro do Rio Vermelho reúne os boêmios e os fãs dos mais famosos acarajés de Salvador, preparados pelas baianas Dinha e Regina.
No quesito gastronomia, aliás, as ofertas vão muito além do bolinho recheado com vatapá e camarão seco. As receitas típicas, que mesclam com perfeição ingredientes indígenas, africanos e portugueses, levam à mesa delícias como bobó, moqueca e caruru, sempre perfumados pelo azeite-de-dendê.
Cidade Histórica
Centenas de quilos de ouro enchem de brilho os altares da igreja mais rica do país. Considerado um dos mais extraordinários monumentos do barroco mundial, o templo de São Francisco, erguido em 1723, tem ainda balaustradas em jacarandá negro, pinturas ilusionistas e uma bela imagem de São Pedro de Alcântara. O convento, que faz parte do complexo, tem o pátio interno com paredes revestidas de azulejos portugueses que reproduzem o nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais.
FESTAS RELIGIOSAS
De dezembro a fevereiro, Salvador ganha a energia das festas religiosas. Conhecidas como Festas de Largo, reúnem missas, procissões e muita animação. A temporada é aberta com os festejos à Santa Bárbara, que tem como ponto alto a distribuição de caruru – guisado de quiabo e camarão. Já a Lavagem do Bonfim arrasta uma multidão atrás das baianas que banham com água-de-cheiro as escadarias do templo. As festividades se encerram no Dia de Iemanjá, um pré-Carnaval que toma conta das ruas do Rio Vermelho logo após a entrega das oferendas à rainha do mar.
Praias De Salvador
As praias urbanas de Salvador não são indicadas para banho em função da poluição, mas os calçadões da orla garantem o buxixo. As exceções ficam por conta do Porto da Barra, lotada nos finais de semana; e Farol da Barra, que abriga o imponente Forte de Santo Antônio. Ambas têm águas limpinhas!
Já as praias do Norte, em direção ao aeroporto, tem águas limpas e movimento intenso aos sábados e domingos (se possível, vá durante a semana). Três são imperdíveis – Itapuã, que além da fama tem águas verdes, areias claras e piscinas naturais; Stella Maris, que atrai banhistas e surfistas em função das boas ondas e trechos protegidos por recifes; e Flamengo, com ares rústicos, emoldurada por coqueiros e dunas e point das turmas jovem e do surf. Por ali funciona a Barraca do Lôro, cheia de mordomias e ponto de encontro de soteropolitanos e turistas. Para quem quer sossego, a dica é a escondida praia do Buracão, no Rio Vermelho.
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