Bocaina – SP
Por Que Ir Para Bocaina
Ofuscada pelas serras do Mar e da Mantiqueira, a Serra da Bocaina mantém preservados seus dois grandes tesouros: a natureza exuberante e o clima de paz. Mesmo esparramando-se por concorridas cidades dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, como Paraty, Angra dos Reis e Ubatuba, tem a harmonia garantida pelo fato de abrigar um parque nacional e, principalmente, pelo difícil acesso.
A porta de entrada é o município de São José do Barreiro, em São Paulo. Do centro da cidade ao parque são 27 quilômetros de estrada de terra em condições precárias. Quem não está em veículos com tração nas quatro rodas tem como alternativa encarar os jipes, kombis e caminhões que partem de São José em direção à serra.
A aventura vale a pena, levando-se em conta os cenários que estão por vir, espalhados pela reserva de cem mil hectares. São cachoeiras, como a do Veado, com mais de cem metros de quedas; picos com mais de dois mil metros de altitude e que descortinam morros e mar; paisagens coloridas por tucanos e orquídeas; e trilhas que exigem disposição – uma delas é a do Ouro, considerada uma das mais interessantes do país e percorrida em três dias de caminhada em meio a pedaços da história. O ponto final é Mambucaba, uma vilazinha caiçara no litoral fluminense.
A infraestrutura da Bocaina não é das melhores, mas há pousadas charmosas, especialmente as instaladas nas fazendas de café da região – as mais preservadas ficam em Bananal. Algumas abrem as portas de seus restaurantes para não-hóspedes, servindo receitas caipiras preparadas no fogão à lenha e também pratos à base de trutas. Abertas somente para visitação Pau d´Alho e Resgate, são memórias vivas do auge do Ciclo do Café, preservando suntuosos casarões em estilos colonial e neoclássico.
Parque Nacional da Serra da Bocaina
Criado na década de 70, a área de preservação soma cem mil hectares entre as serras da Mantiqueira e do Mar, com 60% do território no Rio de Janeiro (Parati e Angra dos Reis) e 40% em São Paulo (Areias, Cunha, São José do Barreiro e Ubatuba). Por toda a área chamam a atenção as belezas da flora e da fauna típicas da Mata Atlântica. São orquídeas, bromélias, jequitibás e figueiras dividindo o cenário com tucanos, antas, cutias, preguiças e veados, entre outras espécies nativas. A serra reserva ainda outras agradáveis surpresas, como as cachoeiras com quedas que chegam a cem metros de altura; picos com mais de dois mil metros de altitude que descortinam morros e mar; e a Trilha do Ouro, um caminho de 40 quilômetros que termina na praia. O parque pode ser explorado a pé, de bicicleta, moto ou carro – porém, para entrar com os veículos motorizados é preciso autorização do Ibama. As atividades variam de acordo com o preparo físico do visitante – as opções vão de caminhadas leves com 40 minutos de duração à travessias que consomem três dias, exigindo pernoites em casas de colonos ou em campings selvagens.
Cachoeiras Na Bocaina
Grandes quedas caracterizam as cachoeiras da Serra da Bocaina. Uma das mais belas, a do Veado, chega a cem metros – o acesso, porém, é que não é dos mais simples, exigindo dois dias de caminhada pela Trilha do Ouro… Uma outra opção, a apenas 40 minutos da portaria do parque, é a de Santo Izidro, com piscina natural perfeita para banhos.
CACHOEIRA DO BRACUÍ
Subindo por bananal se for de carro de passeio tenha paciência vai chegar e só ter calma a estrada esta sendo recuperada e vale o passeio, pode-se ficar no camping da Bruna o Chez Bruna ou na estalagem do Carlinhos apousada brejal os dois tem ótimas refeições, saindo cedinho vá até a entrada da trilha e siga a pé até a cachoeira, passeio ideal pra um fim de semana de tempo bom.
CACHOEIRA DO VEADO
Na maioria dos casos, a cachoeira do Veado é apreciada somente por quem encara a Travessia do Ouro. As quedas, que chegam a cem metros de altura, ficam a dois de caminhada da entrada do parque. Considerada uma das mais bonitas da região, forma poços ideais para banhos.
CACHOEIRA DE SANTO IZIDRO
Cachoeira mais próxima da entrada do parque, Santo Izidro é acessível depois de 40 minutos de caminhada leve. As várias quedas, que chegam a 80 metros de altura, formam uma imensa piscina natural de águas limpas e indicadas para banhos.
CACHOEIRA DAS POSSES
Acessível por carro ou moto mediante autorização do Ibama, a cachoeira das Posses tem 40 metros de queda. Quem vai a pé encara cinco horas de caminhada – ida e volta. O local costuma ser ponto de camping selvagem durante a travessia da Trilha do Ouro.
Uma das principais atrações do Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Trilha do Ouro tem cerca de 40 quilômetros, ligando São José do Barreiro à vila de Mambucaba, no litoral do Rio de Janeiro. A travessia é realizada durante três dias de caminhada moderada e, ao longo do percurso, uma infinidade de atrações entretém os aventureiros. Entre elas estão as cachoeiras das Posses, do Veado e de Santo Isidro; além de fazendas centenárias e trechos calçados em pés-de-moleque pelos escravos, nos séculos 18 e 19. Os pernoites são feitos dentro do parque – o camping selvagem é permitido, mediante autorização do Ibama – ou em casas de colonos. O caminho foi aberto durante o Ciclo do Ouro para transportar o metal extraído nas montanhas de Minas rumo ao porto de Parati.
VISITAR AS FAZENDAS HISTÓRICAS
No auge do Ciclo do Café, a Serra da Bocaina reuniu mais de 80 propriedades. Entre as famosas está a Fazenda Pau-d´Alho, construída em 1817 e tombada em 1968, tendo em seus registros a visita de D. Pedro I. Restaurada, preserva a arquitetura colonial da época, sendo aberta para visitas e atividades culturais e ecológicas. O tour não deve deixar de fora a Fazenda Resgate, uma das mais imponentes e ricas da serra. Do lado de fora, chama a atenção pelo refinamento do sobrado em estilo neoclássica. Já no interior, guarda objetos de época e murais do espanhol Vilaronga. O espaço é aberto à visitação, entretanto, é preciso fazer agendamento prévio.
Fazenda Pau-d´Alho – Estrada para Areias, Km 3. Tel.: (12)3117-1310
Fazenda Resgate – SP-064, Km 325 (direção Barra Mansa). Tel.: (21)2203-2428.
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