Serra Da Canastra – MG

Serra Da Canastra
Parque Nacional da Serra da Canastra

Por Que Ir Para Serra Da Canastra

Cachoeira Casca D’Anta e nascente do Rio São Francisco, além de grutas, lagos, flora e fauna riquíssimas e estradas de terra chacoalhantes. Esses são alguns dos ingredientes que enchem os olhos dos aventureiros quando o assunto é o Parque Nacional da Serra da Canastra.

O parque está dividido em duas partes – a alta, com três portarias(São Roque de Minas, São João Batista e Sacramento); e a baixa, com uma portaria em São José do Barreiro.

São Roque de Minas é a “capital” da serra, próxima à maioria das atrações, da portaria principal (sete quilômetros) e com mais ofertas de pousadas e serviços.

Apesar da infraestrutura de São Roque, o distrito de São José do Barreiro merece uma visita: é acesso mais próximo à cachoeira Casca D’Anta – cartão-postal e primeira e mais alta queda d’água do rio São Francisco, com 186 metros de altura. A nascente do rio fica no acesso à parte alta da cachoeira, e sua localização é marcada por uma estátua do santo.

Após o banho de cachoeira ou a visita à nascente, a dica é fazer um safári fotográfico pela estrada principal do parque para observar a flora e a fauna locais, que incluem espécies como lobo-guará, tamanduá-bandeira,orquídeas, bromélias e canelas-de-ema.

Serra Da Canastra - MG
Cachoeira Casca D’Anta

Cachoeira Casca D’Anta

A maior atração da Canastra pode ser visitada pelo alto da serra ou por baixo, em ambos os casos com acesso relativamente fácil por estradas de terra. Na parte alta, a 38 km de São Roque de Minas, há o cânion que o rio São Francisco forma para descer a serra, 14 km após a nascente. Tem uma incrível seqüência de cachoeiras e piscinas naturais, algumas inacessíveis. Há um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal, a imensa piscina formada embaixo e o curso do rio até a primeira curva rumo ao Nordeste. O desnível superior a 300 metros proporciona uma das mais lindas vistas panorâmicas da região. O local está todo sinalizado pelo Ibama e é fácil pegar a trilha de 3 km para ir até a parte de baixo. São cerca de 4 horas de caminhada, em média, para ir e voltar. Para iniciar a caminhada, assim como contemplar parte do cânion e chegar ao mirante, é preciso atravessar um córrego que pode ficar perigoso em dias de chuva.

Para chegar de carro à parte de baixo, o visitante deve seguir de São Roque de Minas até a portaria 4 do Parque Nacional, passando pela cidade de Vargem Bonita e pelo povoado de São José do Barreiro (distrito de São Roque de Minas), num percurso total de 40 km. Para ter a aproximação máxima da cachoeira, é preciso deixar o carro no estacionamento e caminhar cerca de 15 minutos por uma trilha no meio da mata ciliar. Preferia fazer a visita, tanto na parte baixa quanto na alta, o mais cedo possível. Em feriados, os dois lugares ficam superlotados depois das 10h00.

A Cachoeira Casca D’Anta tem queda livre de 186 metros. O nome vem da árvore Casca D’Anta (Drimys winteri) que, por sua vez, foi assim batizada porque que tem propriedades medicinais, cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, a anta se esfrega no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.

Cachoeira dos Rolinhos, parte alta

Uma placa e um trevo indicam o caminho até a parte alta da Cachoeira dos Rolinhos, um dos lugares mais visitados da Serra depois da nascente e da Cachoeira Casca D’Anta. O percurso de 10 km, acidentado na época do verão, é também um ótimo passeio para quem quiser uma amostra completa da flora do Parque, com campos limpos, cerrado e matas de galeria. Com um pouco de sorte, o visitante verá também alguns dos animais típicos da região: tamanduá-bandeira, lobo-guará e veado-campeiro.

A Cachoeira dos Rolinhos, com cerca de 300 metros, é a maior da Canastra, mas é impossível avistá-lo da parte alta do Parque (para parte baixa ver Outras Atrações/Em Áreas Particulares). Mesmo assim, o lugar é de uma incrível beleza, a começar por uma cachoeira menor, formada cerca de mil metros antes, conhecida como do Colibri ou Rasga Canga. Há também várias piscinas naturais boas para banho e até mergulho livre. Em feriados prolongados, procure chegar cedo para não ser incomodado pelo excesso de gente. Importante: ao menor de chuva nas cabeceiras do rio, o local deve ser abandonado, principalmente se você resolveu fazer a trilha que leva da piscina natural até a parte baixa da Cachoeira Rasga Canga, já que é preciso atravessar o rio na ida e na volta.
Na parte onde começa propriamente a formação da Cachoeira dos Rolinhos, dependendo do volume d’água, o rio se divide em até 3 partes para despencar da serra. Quando ocorrem as “enchentes” (o equivalente äs trombas ou cabeças d’água), há uma quarta passagem conhecida como cachoeira seca. O lugar é muito bonito, porém perigoso, principalmente no verão, devido à necessidade de atravessar o rio. A direção do Parque Nacional proibiu o acesso a essa área.

São João Batista e Cachoeira do Jota

Localizado a 50 km de São Roque de Minas, 95 km de Araxá e 106 km de Sacramento, o distrito de São João Batista mantém características regionais bem preservadas. O pacato vilarejo é porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 2 e conta com duas belas cachoeiras, a Cachoeira da Gurita e a Cachoeira do Lava-pés. Além dos atrativos naturais, São João Batista foi ponto de passagem de diversos tropeiros ao longo dos séculos e ponto estratégico na colonização do Brasil Central, sendo possível observar na arquitetura de algumas construções um pouco mais desta história.

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